Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, novembro 05, 2014

Lobão: “Minha participação nas manifestações é a de um cidadão indignado como qualquer outro brasileiro” | Felipe Moura Brasil - VEJA.com

Lobão: "Minha participação nas manifestações é a de um cidadão indignado como qualquer outro brasileiro" | Felipe Moura Brasil - VEJA.com

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/11/03/lobao-minha-participacao-nas-manifestacoes-e-a-de-um-cidadao-indignado-como-qualquer-outro-brasileiro/


O músico e escritor Lobão participou do protesto anti-PT neste sábado (1) em São Paulo e postou nesta segunda-feira no Facebook uma nota de esclarecimento sobre sua manifestação "contra a atuação lamentável do PT, sua militância fanática e violenta, suas falcatruas astronômicas… e sua evidente postura de impor ao país um regime totalitário". Lobão diz que se sente na obrigação de se posicionar contra o partido para o qual fez campanha de 1989 a 2002: "O meu histórico só fortalece a minha postura, pois estive lá dentro e sei do que estou falando."

Veja abaixo a nota completa. Nos próximos posts, voltarei ao assunto dos protestos deste fim de semana, o primeiro depois de meses em que descansei um pouco do blog.
Quero deixar bem claro, pela enésima vez, através desta pequena carta, a minha postura em relação ao que vem acontecendo no país:
Em primeiro lugar, é necessário sublinhar que não faço parte de nenhuma liderança política. Sou um músico que ama seu ofício e minha participação nas manifestações é a de um cidadão indignado como qualquer outro brasileiro.
Em segundo lugar, vale a pena lembrar que nunca, jamais em tempo algum, apoiei uma ditadura e sempre disse e continuo a insistir que qualquer ditadura é injustificável.
Partindo desse princípio, não haveria a menor possibilidade de ter o meu nome associado a golpe militar, intervenção militar ou coisa que o valha. Isso é uma forma tão cretina de reagir como ainda acreditar que Cuba é uma vítima dos EUA e que é "cool" sair por aí impunemente de camiseta de Che Guevara.
Quem apoia uma ditadura não tem condição moral de ir contra nenhuma outra.
Em terceiro lugar, jamais concordei com a ideia de separatismo; amo meu país de Norte a Sul e todos os meus irmãos. É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político, social, moral e econômico em que nos encontramos.
Venho me manifestando veementemente contra a atuação lamentável do PT, sua militância fanática e violenta, suas falcatruas astronômicas, já impossíveis de se camuflar e sua evidente postura de impor ao país um regime totalitário.
Se uma democracia vive de seus três poderes independentes, então já não vivemos numa democracia há muito tempo.
Se o Estado brasileiro deve ser soberano em suas ações, é evidente que não mais possuímos essas soberania. Temos um governo atrelado ao Foro de São Paulo.
Seria muita ingenuidade nós olharmos ao redor, na América do Sul, e não percebermos o que estamos passando.
Acredito que todo brasileiro que tem o mínimo de vergonha na cara e o mínimo de informação está completamente indignado com essa presença inóspita e sombria a nos impor suas doutrinas com cinismo e mentiras.
A imprensa oficial, com rarísimas exceções, está completamente à mercê do governo e tudo ali é filtrado e deturpado.
Portanto, o que acredito que temos de fazer é insistir na recontagem dos votos, não nos acomodarmos com um resultado imposto goela abaixo, pois quando há indícios inúmeros de fraude, é legítimo exigirmos transparência.
Se somos obrigados a votar, temos o direito de saber o que acontece com os nossos votos.
Esconder isso da gente nos aponta uma vez mais para um regime ditatorial.
Assim acontece na Venezuela, na Bolívia, no Equador e em todos os países fiiados ao Foro de SP.
E se é inconstitucional um governo ser subalterno a uma instituição internacional, o PT não tem condições de governar o país.
Se é inconstitucional enviar dinheiro para o exterior sem consultar o Congresso Nacional, a presidente da República não tem condições de governar esse país.
O Brasil merece se desenvolver, se tornar uma grande nação, seu povo merece viver uma prosperidade que nunca experimentou, ser unido e não viver refém de um ódio plantado por um partido que, para governar, precisa dividir.
E para sacramentar um assunto mais que adormecido, aos que cobram a minha partida do Brasil por supostamente acharem que assim o prometi, é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser. E é bom se acostumarem a essa realidade.
Como pessoa pública, sinto-me na obrigação de me posicionar de maneira enfática por ter acreditado nesse partido e feito companha de 1989 a 2002 para elegê-lo.
E, ao contrário do que a militância petista quer acreditar, o meu histórico só fortalece a minha postura, pois estive lá dentro e sei do que estou falando.
Continuarei a lutar por meus direitos, pela liberdade e pela democracia sempre no campo da legalidade.
Que isso fique bem claro de uma vez por todas!
E vamos todos juntos por um Brasil livre que a hora é essa!
Lobão
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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