Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 29, 2008

No governo por liminar


Decisão adia afastamento de governador da Paraíba

Lula Marques/Folha Imagem
Mais um suspiro
Cunha Lima: sobrevida

O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, do PSDB, ganhou uma sobrevida. Dez dias atrás, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia decidido por sua cassação sob a acusação de compra de votos com dinheiro público. Uma semana depois, a mesma corte resolveu conceder a Cunha Lima o direito de permanecer no cargo enquanto todos os seus recursos não fossem julgados. Desde a eleição de 2006, o governador tucano responde por uso da máquina em sua campanha de reeleição. Ele teria utilizado a Fundação de Ação Comunitária, uma repartição do governo estadual, para distribuir 3,5 milhões de reais em 35 000 cheques cujos valores variavam entre 100 e 36 500 reais. Oficialmente, o objetivo do programa era atender a população pobre, mas até o chefe da Casa Civil de Cunha Lima acabou sendo agraciado com um quinhão. Um professor, Rômulo de Araújo Lima, ficou com 56 500 reais. Tanto o secretário quanto Araújo Lima doaram dinheiro para a campanha eleitoral do tucano. Cunha Lima parece ter sete vidas. Ele foi julgado culpado desse crime pela primeira vez em julho de 2007, pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Desde então, vem recorrendo de sucessivas decisões contrárias. O governador já sabe até o que fará se o TSE cassá-lo de uma vez por todas. Nesse caso, antecipará sua campanha para conquistar uma vaga no Senado. Poderá candidatar-se ao posto porque, até lá, terá cumprido sua eventual pena de inelegibilidade.

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