Entrevista:O Estado inteligente

sábado, julho 29, 2006

Olhem o Lindberg aí outra vez...

BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Olhem o Lindberg aí outra vez...

Lembram-se que o nome de Lindberg Farias apareceu pela primeira vez naquele jantar com costeletas a que fui, no sábado passado? Então, olhem ele aqui de novo. Na Folha deste sábado, por Raphael Gomide e Sérgio Torres: “Em nome do prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias (PT), o secretário identificado apenas como André recebeu R$ 32 mil do esquema sanguessuga, disse em depoimento à Justiça Federal o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos proprietários da Planam.O secretário municipal de Administração se chama Juarez Barroso. O único André que integrou o secretariado de Lindberg é André Ceciliano (PT), hoje prefeito petista de Paracambi (Baixada Fluminense). Ex-secretário de Governo de Lindberg, André Ceciliano havia sido citado 29 linhas antes na mesma página do depoimento. Vedoin afirma que ele recebera R$ 15 mil em dinheiro neste ano, no estacionamento da Assembléia do Rio. Segundo o depoimento, quem entregou o dinheiro ao prefeito foi Ricardo Waldman, dono de empresa de fachada da Planam.”

FOLHA
Vedoin diz que pagou emissário de petista

Dono da Planam afirma em depoimento que ex-secretário de Nova Iguaçu (RJ) recebeu R$ 32 mil em nome de Lindberg Farias

André Ceciliano, que hoje é prefeito de Paracambi (RJ), nega envolvimento com máfia dos sanguessugas, mas diz conhecer os Vedoin


RAPHAEL GOMIDE
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Em nome do prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias (PT), o secretário identificado apenas como André recebeu R$ 32 mil do esquema sanguessuga, disse em depoimento à Justiça Federal o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos proprietários da Planam.
O secretário municipal de Administração se chama Juarez Barroso. O único André que integrou o secretariado de Lindberg é André Ceciliano (PT), hoje prefeito petista de Paracambi (Baixada Fluminense). Ex-secretário de Governo de Lindberg, André Ceciliano havia sido citado 29 linhas antes na mesma página do depoimento. Vedoin afirma que ele recebera R$ 15 mil em dinheiro neste ano, no estacionamento da Assembléia do Rio. Segundo o depoimento, quem entregou o dinheiro ao prefeito foi Ricardo Waldman, dono de empresa de fachada da Planam.
O acordo em Nova Iguaçu estava relacionado à compra de seis ambulâncias, no valor total de R$ 400 mil (R$ 379,2 mil, conforme a prefeitura), conforme disse o dono da Planam.
"A negociação se deu junto ao secretário de Administração, André, que falava em nome do prefeito Lindberg Farias; que o valor de R$ 32 mil, correspondente a 8% do valor, foi entregue por Nilton Simões, em mãos e espécie, para André", acusou Vedoin ao depor.
Prefeito em Paracambi (a 75 km do Rio) no período entre 2001 e 2004, Ceciliano não se reelegeu, mas obteve na Justiça Eleitoral, em 2005, o direito de voltar ao cargo, após impugnar a candidatura do vencedor. Quando esteve fora da prefeitura, trabalhou de janeiro a maio de 2005 como secretário de Governo em Nova Iguaçu.
Lindberg negou envolvimento e disse não acreditar que o ex-secretário tivesse envolvido com a máfia. Ceciliano admitiu ontem à Folha ter conhecido, em Brasília, Luiz Antonio e Darcy Vedoin. Disse também ter conhecido Nilton Simões, que representava a empresa junto a políticos e municípios.
O prefeito também contou que os Vedoin e Simões estiveram em Paracambi para fazer lobby, mas ele nunca os teria recebido na prefeitura. "Eles estavam em Brasília direto, e eu ia lá, como todo prefeito, pedir dinheiro em emendas para saneamento, desenvolvimento econômico e saúde", afirmou.
O prefeito disse que há contradições nos depoimentos à Justiça e à CPI. Segundo ele, em um depoimento é acusado de ter recebido R$ 15 mil em mãos. No outro, o dinheiro teria sido entregue a uma mulher conhecida como Maria José, que seria assessora do deputado Itamar Serpa (PSDB-RJ).
Maria José é apontada por Vedoin como representante de prefeitos da Baixada Fluminense no esquema fraudulento. A Folha não conseguiu ontem localizar Serpa. Eleito vice-prefeito de Nova Iguaçu, ele continuou na Câmara e não assumiu a vice-prefeitura

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